Síndrome de Burnout é considerada doença do trabalho e pode trazer consequências jurídicas para empresas.
Data: 16/12/2022
Autor: Martina Catini Trombeta
Uma doença vem ganhando espaço e atenção nos últimos anos. Você já ouviu falar na Síndrome de Burnout?
Em 2019, a OMS classificou o Burnout como um “fenômeno ligado ao trabalho”, cujo sintomas são: sensação de esgotamento, cinismo ou sentimentos negativos relacionados a seu trabalho e eficácia profissional reduzida.
Apesar dessa classificação, foi no início deste ano que algumas regras mudaram em relação à essa doença, exigindo maior atenção das empresas e algumas adaptações.
A síndrome foi oficializada como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. Anteriormente, ela era considerada como um problema na saúde mental e um quadro psiquiátrico.
Com essa validação, algumas mudanças aconteceram em processos trabalhistas relacionados ao tema. No caso de o funcionário recorrer à Justiça por causa desse esgotamento, a empresa pode ser responsabilizada e até pagar indenização.
Quando o funcionário der entrada no processo, a responsabilização da empresa será avaliada a partir do laudo médico comprovando o Burnout, além do histórico do profissional e uma avaliação do ambiente de trabalho, inclusive coletando relatos de testemunhas. Em geral, serão coletadas provas de uma degradação emocional e fatores causadores da síndrome, como assédio moral, metas fora da realidade ou cobranças agressivas.
Algumas características comuns de casos de Burnout é de pacientes que possuem um histórico com desempenho positivo e desencadeie a doença diante de uma mudança de gestão, demandas ou ambiente, alto volume de demanda e controle sobre o trabalho tirando a autonomia e a adição ao trabalho, levando à sobrecarga e insatisfação nos resultados pessoais.
Com tudo isso, as empresas devem estar cada vez mais atentas aos seus funcionários e ações preventivas que não os levem à doença.
É importante contar com líderes que saibam conduzir individualmente o caminho de cada colaborador e realizar, com frequência, reuniões de feedback e alinhamentos de expectativas e planejamento para aquele funcionário.