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Você pode estar se limitando pelo que você acha que é.

Data: 11/06/2021
Autor: Martina Catini Trombeta

Quando ouvimos que somos nós mesmos que nos limitamos, e que o poder da mente é preponderante em atingir os objetivos, para alguns essa afirmação pode fazer total sentido.

As pessoas que já entenderam essa afirmação, possivelmente já estão em processo de desenvolvimento pessoal, algumas outras pessoas ainda querem entender esse mecanismo, mas ainda não sabem como fazer, e por fim, há aquelas que acham que tudo isso é uma tremenda bobagem. 

Independente de qual dessas pessoas você se considera, vale a pena a presente reflexão. Estando você entre entre o segundo grupo, esse texto pode servir de norte, e se for do terceiro, até mesmo mudar a sua concepção sobre o assunto.

Sabe aquela ideia pré definida sobre si mesmo, do “eu sou assim, sou isso ou aquilo”? 

Você já parou para pensar que essas são hipotéticas falas/pensamentos/ afirmações, rotuladas, e que podem estar te impedindo de construir coisas ou atingir seus objetivos? 

Vamos a alguns exemplos de afirmações, denominadas “limitantes”:

  • As pessoas com a minha formação não terão sucesso
  • Eu sou insegura, não resolvo nada sozinha;
  • Eu não mereço o sucesso;
  • Pra ganhar dinheiro tem que trabalhar muitas horas por dia;
  • As pessoas que têm dinheiro são desonestas 
  • Não tenho qualificação suficiente por isso não tenho um bom emprego;
  • Fazer dieta é sofrimento;
  • Trabalho muito e não tenho tempo de fazer atividade física;
  • Tatuagem é coisa de bandido.

Dentre muitas outras afirmações, e nesse momento, aproveite para lembrar de frases desse padrão, mesmo que surjam aleatoriamente em sua cabeça, e, se fizer sentido, tome nota de algumas delas (você vai se surpreender com coisas do “arco da velha” que vão surgir da sua mente).

Esse mecanismo mental de crenças soa familiar? Será que você já consegue identificar momentos em que você faz isso, ou talvez, conheça pessoas que pensam assim sobre si mesmas, e que você, dê fora, identifique. Apenas cuidado para não focar na análise do outro, pois é muito mais fácil identificar padrões na vida alheia, do que nas nossas, e a autocrítica e auto avaliação, são essenciais aos avanços pessoais, que só se operam quando nos desenvolvemos, e esse é o intuito. 

Bom, essas “pré destinações” são as denominadas crenças limitantes, ou seja, uma crença limitante é uma crença que você tem sobre si mesmo, e que faz com que outras pessoas também formem uma ideia sobre você (por culpa sua, que fique claro o protagonismo que exercemos em nossas vidas), e que, com o tempo, passam, todos, e principalmente você, a construir uma “falsa realidade” limitante. Essa realidade te impede de ser, fazer ou ter, ou seja, isso limita a construção da sua história aos limites impostos por você mesmo!

Nesse ponto, você deve estar se perguntando: “Por quê estou fazendo isso comigo?”, ou então “Será que estou fazendo isso comigo?”, mas também pode estar achando isso tudo um absurdo e de pronto pensa “Eu tenho vários limites e não tenho como mudar”.

Vamos lá, e agora essa história toda vai passar a fazer um pouco mais de sentido. 

Formamos as nossas tendências de personalidade, e portanto  modelos comportamentais, dos 0 aos 7 anos. 

Esse período, denominado primeira infância, é exatamente aquele que convivemos com pessoas, sejam familiares, professores e/ou outras pessoas próximas, que eventualmente fazem parte desse processo de formação, e que impactam em nossas vidas.

Durante o nosso processo de desenvolvimento, ouvimos frases, vemos coisas e vivemos determinadas experiências, que ficam enraizadas em nossas mentes, e que podem produzir impactos positivos ou negativos em nosso comportamento, ao longo do tempo. 

Muitas vezes, na verdade, na maioria delas, não temos consciência de onde surgiram os nossos bloqueios e limitações. Se pararmos para pensar, podemos estar reproduzindo o que disseram sobre nós por aquelas pessoas que fizeram parte de nosso processo de formação. 

Se essa ficha já caiu, ou quando ela cair, pode ser que surja um certo desconforto ou inconformidade, principalmente quando identificamos que aquela pessoa que tanto amamos “provocou” aquilo em nós. Já antecipo: está tudo bem, isso acontece com todo mundo, e lembre-se sempre, que essas pessoas são seres humanos, com seus próprios bloqueios, ideias formadas e metodologia própria de comunicação, e possivelmente fizeram isso sem saber o impacto causado em sua vida. 

E aí está a explicação de onde surgem algumas de nossas crenças limitantes, dentre elas está o que ouvimos dos nossos familiares e/ou pessoas que fizeram parte do nosso processo de formação, e que enraizaram em nossos padrões comportamentais, passando a surtir efeitos em nossas vidas. 

A armadilha da nossa mente está no fato de que  essas crenças parecem ser reais e aparentemente exercem um poder sobre nós, e que pensamos que não temos como escapar.

Preste atenção nessa frase:“Você está predestinado a isso e não tem como mudar, não adianta sair de casa, fazer várias coisas da sua vida, trabalhar, se relacionar, porque tá aí teu destino, limitado, porque é assim e pronto”.

Saiba que é isso que você faz quando permite que uma crença limitante tome conta de sua vida.

Quando enxergamos a equação do que fazemos com nós mesmos sob essa ótica, parece um absurdo né? Pois bem, saiba que nós, seres humanos, fazemos isso conosco o tempo tempo, uns mais, outros menos.

A não identificação das crenças, ao invés do objetivo por nós pretendido de construir as nossas vidas, em verdade, faz com que “haja uma desconstrução do futuro desejado”, por essas limitações impostas e que baseiam a nossa história. 

Se estivéssemos falando em uma construção civil, as crenças seriam os alicerces, e todos os tijolos são colocados em torno delas. Se os alicerces estão tortos ou inadequados, a construção não poderá se tornar um edifício de vários andares. 

Mas, talvez, dê conta de sustentar uma simples casinha térrea sem muito peso em cima! 

Ficou clara a analogia? 

Faz sentido tudo isso pra você? Talvez sim, mais ou menos, ou ainda não. E está tudo bem! No seu tempo e no seu momento, essas fichas começam a cair!

Quando isso acontecer, os benefícios exercidos por essa compreensão e alteração comportamental se operam rápido nas vidas. E nesse momento, a construção é derrubada e novos alicerces serão colocados, e dessa vez, com escolhas conscientes, e não sob criações impostas pelos outros em nossas vidas.