
Mulheres não são iguais aos homens.
Data: 08/03/2021
Autor: Martina Catini Trombeta
Se formos igualadas aos homens a desigualdade continua. Sabem por quê? Mulheres não são iguais aos homens.
Começamos elencando as diferenças por nossa própria fisiologia.
Os nossos hormônios têm ciclos específicos para que possamos gestar, manter a gravidez por nove meses, enquanto alimentamos outra vida intrauterina, e depois disso tudo, ainda produzimos leite para continuar alimentando aquele pequeno ser.
Pois bem, aí teremos mulheres que dirão que não querem, outras que não podem ser mães, e por isso não vão viver a tais momentos.
Mas vamos lá, o simples fato de falar em ciclos hormonais ou da própria ausência desses ciclos em um organismo preparado fisiologicamente para vivê-los, já nos coloca em outro patamar.
Oscilamos, em fases, que, se tudo não estiver em completa ordem (se é que podemos falar em ordem quando vamos da paz plena às crises de ódio mortal por razões aleatórias, como igualar?
Nesse momento você, mulher, pode pensar: eu por exemplo, optei por “controlar meus hormônios” para não viver tais ciclos. Porém reflita: alterar essa fisiologia já não é uma condição especial?
Seja por indução hormonal ou pelo processo natural, em que passamos a uma menopausa, com todos os seus reflexos, tanto mentais quanto comportamentais, não.
Porque de fato, nessa orquestra dos ciclos femininos, muitas vezes não tão orquestrada assim, os nossos pensamentos nos trazem sentimentos, esses sentimentos transformam-se em ações, e as ações vão nos levar aos resultados.
E toda essa orquestra, quando falamos em ser mulher, faz parte da nossa especificidade orgânica estritamente ligada ao gênero.
Portanto, mulheres, nós não somos iguais.
Nossa não igualdade vai muito além da personalidade, em ter ou não um comportamento objetivo, tratar as questões da vida com racionalidade, gostar do mesmo sexo, escolhermos se queremos ou não engravidar, amamentar, ou até mesmo o polêmico tema de levar uma gestação adiante (muito discutido atualmente).
Falar em gênero mulher é tratar com muitas variáveis, e considerando todas essas especificidades, como ficamos na vida profissional, na participação política, e questões salariais?
Só estaremos pessoalmente preparados como sociedade (aqui incluem-se homens e mulheres), para encarar essa guerra, quando internalizarmos que não somos iguais. E assim, trabalhamos com a palavra equidade, que é muito mais criteriosa que a igualdade.