
Inteligência emocional e a condição humana no mundo contemporâneo.
Data: 03/09/2020
Autor: Martina Catini Trombeta
A era do imediatismo traz profundos impactos em nossas vidas quando a satisfação pessoal e o sucesso em todos os campos são estritamente vinculados a um protagonismo em que atribuir culpas aos outros não são mais aceitos como justificativa de fracasso.
Satisfação pessoal e sucesso no mundo de hoje, que chamamos de sociedade pós moderna é um desafio.
À medida que ultrapassamos os padrões estabelecidos há um tempo atrás, em que ter uma formação superior, uma profissão, constituir uma família e ganhar relativamente bem, preenchiam os requisitos do modelo de “dar certo na vida”, as cobranças pessoais aumentam.
Ao olharmos a escala de “fases da vida”, tínhamos que estudar, trabalhar, comprar uma casa própria, constituir uma família, aposentar e ser feliz para sempre.
Há muitos que ainda vivem esse padrão, da mesma forma que tantos outros, que quebraram o padrão por alguma razão, passaram a questionar o tal modelo de sucesso e iniciaram a construção de algo personalizado.
Chamamos isso de liberdade pela tomada de consciência, em que protagonismo é o pressuposto para escrever a própria história, tomar conta da própria vida, correr atrás dos objetivos, concretizando o propósito de vida.
Os desafios dessa construção passam a fazer parte de nossas vidas e a ruptura com valores, padrões, ideologias exigem um grande esforço. E a inteligência intelectual não é suficiente. Sendo que a inteligência emocional ganha espaço, sendo condição intrínseca a uma vida de sucesso, seja lá o que for sucesso para você.
Afinal de contas, o que é inteligência emocional?
O precursor do conceito de inteligência emocional é Daniel Daniel Goleman, psicólogo, escritor e jornalista norte-americano, é o autor do Best-seller Inteligência Emocional. Daniel Goleman (1946) nasceu em Stockton, Califórnia, Estados Unidos, no dia 7 de março de 1946. Foi aluno do Amherst College e na Universidade da Califórnia, em Berkeley
De acordo com Daniel Goleman, Inteligência Emocional é a capacidade que um indivíduo tem de identificar os seus próprios sentimentos e os dos outros, de se motivar e de gerir bem as emoções internas e nos relacionamentos.
A diminuição da interação humana em um mundo tecnológico faz com que não coloquemos as nossas emoções em pratica, esse distanciamento limita o desenvolvimento humano interno e externo.
Desenvolvimento interno é aquele que se associa às nossas próprias emoções, e o externo é a atenção que dedicamos aos outros seres humanos.
Nas palavras de Goleman:
– “[…] o impulso é o veículo da emoção; a semente de todo impulso é um sentimento explodindo para expressar-se em ação. Os que estão à mercê dos impulsos – os que não têm autocontrole sofrem de uma deficiência moral. A capacidade de controlar os impulsos é a base da força de vontade e do caráter”;
– “se existem duas atitudes morais de que o nosso tempo necessita com urgência, elas são o autocontrole e o altruísmo.”
Em uma vida dinâmica, imediatista e cada vez mais volátil, sendo que nela a liberdade se atrela ao protagonismo e junto com a tomada de consciência, sobretudo reconhecer e gerenciar as emoções são fatores essenciais para a realização na vida.
Referências
Goleman, D. Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 2018.
Goleman, D. Tieppo, C. Emoções, o motor do nosso comportamento. Material de aula curso Certificação em Neurociências (PUCRS). Ano 2020.