Mais empatia, menos simpatia.
Data: 31/07/2020
Autor: Martina Catini Trombeta
Olhar a vida do outro é a visão da piscina pela borda.
Sabe aquele azulejo quebrado no fundo? Você não sabe o que aconteceu, pode até ter uma ideia.
Tratar das questões de igualdade e abordar violência nas mais diversas formas em que ela pode se exteriorizar, exigem um olhar empático à realidade do outro.
Quando nos permitimos ingressar na esfera do outro, temos a oportunidade de tomar contato com algo que eventualmente até então não sabemos o que é por nunca termos vivido.
De fato, sem viver aquilo que o outro passa, temos apenas uma ideia!
Comparo àquela crianças que nunca viu a praia presencialmente. Já ouviu falar, até viu fotos ou vídeos…
Imagine que determinado dia ela vai à praia, coloca o pézinho na água, passa a mãozinha, sente o salgado e até o movimento das ondas batendo até as canelas.
Agora imaginem as pessoas que já mergulharam de no mar, passaram a arrebentação, nadaram, tiveram os olhos irritados pelo sal por bastante tempo.
Em alguns momentos seguiu a maré, noutros lutou contra ela. Muitos momentos pensou que fosse afogar, e por fim, voltou daquele mar com toda uma vivência.
É forte pensar nisso, mas saibam que muitas pessoas se afogam, outras morrem na praia.
Em nossas vidas muitas pedem ajuda, e não enxergamos.
Falar em igualdade de gênero, no uso da comunicação não violenta, no adequado uso da abordagem comportamental.
Discutir o que é ser mulher, o que é ser homem, o que é negro, branco, é sobretudo falarmos do que é ser gente!
Quem não entende de gente não entende de nada!
Relações pautadas em empatia proporcionam saltos revolucionários pessoais e nas nossas relações com os outros!
Entender que fazemos parte de um ecossistema em que cada ser humano que dele participa possui uma “caixinha de Pandora” formada por experiências que se somatizam dia após dia, por uma vida toda e que não “achamos” nada daquilo, por não sermos melhor do que o outro ser humano que nos relacionamos.
Sejamos agentes de mudança e transformação onde pudermos, muito mais e cada vez mais! A clareza traz poder.
A informação traz responsabilidade, faz pensar. Pensamentos geram sentimentos. Sentimentos geram comportamentos, que podem ser extremante possibilitadores.
Permitam-se amar o outro como ser único, individual e com as particularidades de uma vida toda que as vezes passaremos sem compreender, apenas aceitar.